2.2.22

Transições temporais - 5ª Parte

 
Nesse tempo que vinha trabalhando a agenda que relatei, também avançamos com algumas atividades extracurriculares indo em direção de trabalhar um pouco de musicalização, lembrando aqui do tempo em que eu levava ele para as terapias que fazia deste tipo em uma instituição para crianças especiais quando estava na faixa dos 4 ou 5 anos - ele se mostrou bem promissor, com boa resposta nos reflexos para cantar e decorar musicas e rapidamente. Fiz alguns testes e até gravamos uma música. As outras não tinha dado tempo de avançar e gravar, devido a outros lances que vieram a frente tomando esse espaço.

Em horários determinados na semana, tínhamos nosso momento de meditação nas palavras da bíblia em culto doméstico, em horários preestabelecidos. No tempinho de sobra ele brincava, e as vezes assistia alguns conteúdos na internet pelo celularzinho que ele ainda tem e alguns joguinhos pelo mesmo. Marcávamos na semana um ou dois filmes para assistir, de cunho cristão, dos quais ele se encantou e se emocionou muitas vezes com alguns deles.

Todas as nossas interações sempre aconteciam em tempo bem espaçado, de boa, nunca senti necessidade de ficar em cima!

Certo dia, meu filho, emocionado com a historinha de um filme que estava assistindo, tinha crianças na história, e ao terminar ele me disse que a partir dali, não iria mais assistir certos conteúdos, que não fazia bem pra ele! Até a mãe dele tinha achado muito legal da parte dele quando tomava estas atitudes. Em particular, acredito veementemente, que se ele nunca tivesse tido um direcionamento (que tivesse sido ajudado como foi) não poderia ter tomado os caminhos como esse que assim foi presenciado e vivido com ele.

Na interação com muitos amiguinhos temporários, ele pôde ter bons contatos para plantar alguma sementinha com as coisas que ele vinha aprendendo! Muitos desses amiguinhos respondiam bem e entravam na onda! As vezes não dava muito certo, claro, é o normal deste mundo! Algumas vezes encontrava outros amiguinhos mais temperamentais e acabavam se estranhando - coisas de guri, pois por aí a fora você contra de tudo!

Ele sempre teve um comportamento especial no seu resultado final. Aprendeu a pedir desculpas e a ser amável. Gosta de abraços e faz perguntas bem peculiar dele nas suas curiosidades que passam a ser engraçadas! Talvez eu seja um pouco suspeito de falar porque sou o pai, um pouco pode ser, mas nem sempre, posso ver com clareza que ele nota e observa as coisas de uma forma singular nos relacionamentos com as pessoas. Outro ponto é que estamos em tempos difíceis e as pessoas no geral, ainda que não queiram, percorrem caminhos de amargura, obscuridade e acabam mais frias em seus relacionamentos. Estão mais desconfiadas, menos amorosas, mais agressivas e também cada menos amadas uns pelos outros. Não vejo que este seja o caso dele!

Hoje ele tem boa interação com as pessoas e fico feliz com isso, por ele, e por ter sido presente em todos esses anos da minha vida na vida dele e o ter ajudado no que se formou. Os pontos que ele precisa amadurecer só o tempo vai ajudar ao longo do crescimento dele, tendo um apoio direcionado, claro, o que é normal e meio que lógico mesmo - assim é a vida!

O agito de uma criança espoleta "pode" dar indicio de boa saúde! Uma criança que está passando por tempos de ansiedade ou silêncio demais é que eu acredito que se precise ficar um pouco mais atento (normal, por assim dizer), enfim, ficar esperto e observar o que circunda o mundo dele! Há diferenças que podem ser notadas com bons olhos numa criança que é arteira e na que aparentemente está passando por tempo de muita ansiedade!

Todo tempo que sempre me dediquei com ele, sempre fui muito observador e também direcionado a tratar de todos os pontos que achava importante para a saúde mental e espiritual dele, enfim! Acho que qualquer pessoa que tiver seguindo uma base boa de caráter deve enxergar assim, semelhantemente!

Até aqui, até esse momento, penso que poderíamos ir longe para uma boa missão do evangelho rumo a adolescência e a fase adulta.

Mas não é só eu que tenho planos para ele!


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