5.3.22

Transições temporais - 7ª parte


 Até aqui tive que engolir uma narrativa da história pra poder dar um tempo e verificar melhor os lances do que estava acontecendo. Com isso, vamos tocando o barco!

No dia seguinte, no sábado, estava preparando para ir lá ficar com ele, fiquei sabendo novamente que não estavam em casa, e eu soube só porque avisei que já estava saindo, em cima do laço! De novo não fui avisado a tempo, por "esquecimento" da parte de alguém! Quase que ia chegar lá e não iria encontrar ninguém.

Passando este fim de semana estranho, com estranhezas e mal avisado o tempo todo, ao menos eu soube que ele estivera na casa do tio e depois de domingo na casa de uma outra prima, numa outra cidade um pouco mais longe das redondezas!

Nisto, neste meio tempo em que estavam distantes, e que pra mim algo não me cheirava bem! Precisei conversar com alguém. Busquei duas pessoas importantes, dois amigos que pudessem me dar um norte nas ideias e não tomar alguma atitude precipitada.

Dei tempo para mim mesmo - Orei muito... e chorei muito também, pois estava agoniado com a possibilidade de uma mobilização um tanto obscura, para na real, meu filho ser afastado de mim por algo que ainda não estava claro!

Neste tempo de oração, depois de ter saído um pouco para caminhar com alguém e colocar as ideias em dia, obtive uma luz diretamente de um anjo que me disse uma forma de obter uma reposta mais objetiva dos fatos, com um ato bem específico. Não foi nenhuma pessoa que me sugeriu, mas a solução era ter uma conversa séria com quem fez o acompanhamento com meu filho e depois com o tio dele, onde ele passou o fim de semana lá. Seja lá o que realmente fosse a situação, ele iria me contar - "se" caso algo lá tivesse sido confidenciado a ele e se tivesse algo grave que eu não tivesse sabendo!

Conversando mais, com o profissional que atendeu o caso do meu filho, depois de quase duas horas de conversa, pesquei coisas muito curiosas. Conversa vai e conversa vem, em dado momento algo veio ao meu conhecimento de que a medida tomada para que ele ficasse mais por casa com a mãe e dar o devido tempo a ele, tinha uma conotação de ser algo para a própria segurança dele. Neste ponto eu já estava muito curioso e um tanto assustado agora, e queria saber o que era, pois a conversa já estava revelando muito mais do que eu tinha sido informado anteriormente na última quinta-feira. E fiquei pensando, como assim para a segurança dele?... até então a única coisa que já estava estranho do qual eu havia sido informado é de que ele andava muito agitado por estar mencionando na escola de que queria que o pai e a mãe voltasse a ficar juntos novamente! O que já era estranho para mim, o afastamento em si, por conta deste fato, pois não há nada que diga que uma criança precisa se afastar de um dos seus pais, ou que precise dar um tempo de um dos pais só porque ele menciona por aí que gostaria que os pais voltassem!

Mais a frente nesta conversa, esta pessoa voltou a me confirmar, de que a medida em sí era somente para a segurança dele! Isso estava difícil de engolir. O quê tinha de tão complexo aí que eu como pai não podia ficar informado?.. Porque as coisas se deram dessa forma sem me informarem, se eu tinha todo o direito de saber especificamente o que era?

Dei mais um tempo por ali, tratamos de conversar mais um pouco, em alguns momentos comentávamos algo fora do escopo, mas eu conseguia voltar e me direcionar, pois ainda faltava descobrir o quê especificamente teria acontecido ou supostamente aconteceu que levou até este ponto e porquê também as coisas não podiam ficar mais claro!

Porque agem como se precisasse me deixar sem a informação correta dos fatos?! Eu já estava me questionando até onde essas pessoas achavam que o pai não deveria ficar sabendo de algumas coisas, mesmo quando grave!

Aí, se já não bastasse, este profissional pôde acrescentar que alguma coisa tinha acontecido em minha casa - que ele teria presenciado alguma coisa que não era saudável pra ele ou que tivesse visto alguma coisa.. enfim, que de certa forma, seria algo sério.

Poucos minutos depois ela só confirma que algo lá, enfim, que ele tivesse visto ou presenciado alguma coisa, que não era bom! Que tinha acontecido alguma cosia lá. E eu ouvindo tudo isso tentava lembrar de algo que chegasse perto de qualquer coisa que fosse suspeita e simplesmente não consegui vir nada na minha cabeça!


Perto de encerrarmos a conversa, se esta pessoa queria manter algo mais específico no sigilo, precisei observar um pouco mais para a linguagem corporal desta mesma, para que então pudesse ter uma informação mais precisa - quando foi então que na necessidade que ela sentiu de repetir algumas coisas, olhando para o celular, olhando para mim, verificou novamente o celular, balbuciou algumas palavras, clicou para ouvir um áudio de uma outra pessoa da qual ela teria conversado sobre o caso, o áudio saiu com som alto, e no momento que a pessoa do áudio ia dizer que era um caso de "...", ela baixou o volume para que eu não ouvisse, em sua boca, sem som audível, somente pelo movimento do lábio eu pude perceber que ela ia pronunciar a palavra "abuso". No mesmo instante, rapidamente, a pessoa só mencionou que o caso era para se verificar com a progenitora da criança, mais especificamente, que ali eles cuidariam de outras questões mais dentro do escopo de trabalho deles, e que o caso, de qualquer forma, só foi pedido para que assim fosse tomada a tal atitude para a "segurança dele!"

Nisto encerramos a conversa e segui para tomar outras atitudes!
Até esse ponto da história, se fosse com você que tivesse acontecendo - o quê estaria passando em sua cabeça?.. Qual seria o seu sentimento e o que você estaria com vontade de fazer?..

Bah, olha, tá loco! Só dizendo assim!